segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sentimentos que guardava em uma caixinha

Seria bom poder voltar a ser criança. Voltar a sentir tudo menos profundamente, voltar a saber de tudo mesmo não sabendo de nada, voltar a me sujar com lama sem me preocupar, voltar a brincar de boneca mesmo que sozinha, voltar a ser eu mesma: quando odeio, odeio; quando amo, amo; voltar a rir do que acho graça, voltar a sentir aquele ar bom de liberdade sem ter muitas preocupações além da tarefa de casa, que a tia da escola passou ou se o cabelo da Barbie está bem penteado. Voltar a usar as roupas que quero, voltar a rir quando vejo um casal na rua. Seria ótimo voltar a ser guria...
Mas, não posso. Você não pode. Ninguém pode. 
Calma, não estou querendo destruir seus sonhos, só falo isso para pararmos de reclamar do fim dela e agradecer o início de uma nova forma de ver a vida. Uma forma mais séria, mais centrada, com mais riscos, com mais preocupações, talvez até mesmo mais chata. Porém divertida e grandiosa.
Mesmo que no início da adolescência, notamos a diferença que se tem de um ano para o outro, tanto dentro de nós, como por fora... na aparência. Mudamos muito e muito rapidamente.
Chega a ser engraçado sentir o que sentimos: achamos que sabemos de tudo, sentimos de tudo, pensamos em tudo, tentamos fazer de tudo! Mais tarde vamos ver que só éramos adolescentes empolgados. Mas durante esse período, sim, somos os melhores. Ou piores. Depende da sua auto estima.
O importante é viver cada segundo; sem desperdiçar tempo de mais no computador e na TV. E claro, ser você mesmo. Aproveite, porque COM CERTEZA daqui alguns anos, vai lamentar esse período ter acabado. Você está nele. Sinta!

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